
Que o carnaval de Recife é multicultural acho que todos nós já estamos carecas de saber disso. Acho que apenas a prefeitura esqueceu-se de variar na abertura do carnaval. Tudo rima com Maracatu e, mais uma vez, a abertura, famosa por ter convidados ilustres, acaba indo por água abaixo. Não, gente, nem tudo rima com maracatu. Nem tudo rima com Naná Vasconcelos. Acho que o próprio Naná esqueceu isso. Há dois anos que assisto ao início das festividades aqui em Recife e vejo que a abertura, que deveria ser mágica, linda e emocionante, é apenas um emaranhado de sons (isso quando os microfones funcionam), no qual as alfaias das "trocentas" nações de maracatus se sobressaem, dando a nós a impressão de estarmos num ensaio. Nada parece dar certo naquilo que chamam de início. Os defensores de plantão podem alegar que a chuva compremeteu o som, mas estes problemas são notados há pelo menos 3 anos. Este ano tinha tudo para que a gente ficasse extasiado, feliz, por ver Caetano Veloso aqui, junto a nós. Mas não, depois de uma intensa espera, o que se viu foi um Caetano balbuciando alguns versos, lutando contra o injusto som e, sejamos honestos, lutando contra as alfaias. Ficamos frustrados, eu e Tony, pois poderia ter sido tudo mágico, mas não foi. Mais uma vez a prefeitura repetiu a fórmula exaustiva de misturar tudo com Maracatu. Simplesmente se esquece que Recife tem mil outros ritmos maravilhosos que são quase esquecidos. Portanto, que a Prefeitura observe que, mais uma vez, nem tudo rima com Maracatu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário