
Confesso, fiquei um tanto quanto assustado quando vi que a Ana lançaria disco novo agora em agosto. Achei muito prematuro, já que o 2 quartos ao vivo nem bem foi esquecido. Estranhei porque no histórico da Ana ela sempre demorava um pouco até lançar disco com inéditas, o que mais parecia com um tempo de incubação. Mas tudo bem. Quando vi a capa, fiquei maravilhado com a delicadeza, com a beleza e arrematei para mim mesmo: uau! deve ter coisa boa aí (apesar de achar o dueto com o Jonh Legend - "Entreolhares" - uma "Boa Sorte/Good Luck" versão dois). Ávido por escutá-lo, foi aí que tive um baque: escutei as 9 faixas e não encontrei a Ana que aprendi a admirar: aquela que mesmo não escrevendo proezas nas letras, sempre arrasava nas melodias...a Ana do "Estampado", do "Ana, Rita, Joana, Iracema, Carolina". Podem falar: "Poxa, mas a Ana tinha que evoluir!" Ok, mas acho que tem algo de muito fraco neste disco, algo que chega a soar irritante e destoante...só a reconheço nas duas primeiras faixas, mas só de forma muito longínqua..."uma pena" pensei. Mas acho que as coisas se encaminhavam para isso. Ana tornou-se uma diva ultrapop, aquela que toca de 5 em 5 minutos nas rádios, aquela que precisa agradar uma multidão de fãs que cresce a cada dia. Acho uma pena. Acho desperdício. Mas é assim que está. Torço para que no próximo disco (que não seja um "ao vivo", pelo o amor de Deus!) ela possa ser e estar diferente. É isso que gostaria que acontecesse...
Nenhum comentário:
Postar um comentário