terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Na contramão das coisas




Resolvi escrever novamente. Na contramão de toda a agitação do carnaval, de súbito me veio um desejo de escutar e pesquisar sobre bossa nova. Fui na nossa estante de CDs (minha e de Tony) e lá encontrei Gal canta Jobim e adorei poder escutá-lo novamente. Desnecessário dizer que, nem toda obra de Jobim é bossa nova, mas adorei poder ouví-lo na voz de Gal. Ao mesmo tempo, voltei a ver o DVD "Tempo, Tempo, Tempo" de Maria Bethânia. Uma música em especial me chamou (e chama) atenção: "Encantado (Nature Boy)". Os versos "Ele me ensinou que nada é maior que dá amor e receber de volta amor". Isso é lindo. Isto devia ser a máxima na vida das pessoas, pelo menos na minha é. Acho que já estou fazendo minha parte(não é Tony?). Estas duas experiências musicais me conectaram, não sei porque, diretamente à Clarice Lispector, cuja obra pouco conheço, mas que dentro em breve vou interagir. Enquanto isso, Saramago, com seu "mar de leite", me acompanha. E Clarice já acena para mim dizendo "tenho tudo o que não conheço ao meu favor". Maravilhoso, não?

Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu


O carnaval de 2009 se aproxima e em todos os lugares vemos despontar prévias carnavalescas. Surgida a partir de um CD de Caetano ("Muitos Carnavais"), veio a prévia "Quando fevereiro chegar". A idéia era reunir um punhado de amigos ao som de músicas carnavalescas ( não necessariamente frevo), para que pudessemos conversar e matar as saudades. A semana de preparação foi uma loucura, mas extremamente deliciosa: eu e Tony a correr pelos supermercados à procura de itens que (nos) agradassem. E acho que conseguimos fazer algo legal, pelo menos ficamos muito felizes com tudo.

Carnaval mexe comigo. Anos atrás não dava a mínima para ele, mas hoje não vivo sem dar uma "puladinha". É uma festa exorcizante...mágica... e é disso que preciso. Agora é só preparar a fantasia e cair no passo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Esta chama que não vai passar


Faz 3 anos e eu estava em frente ao computador fazendo minhas primeiras postagens, fazendo algo que gosto bastante: escrever. Hoje, diantes de milhões de coisas que aconteceram, pude perceber que não posso deixar de escrever.Então assim recomeço: tenho 23 anos, sou formado em Odontologia há 2 (!) meses e enfrento todas as dificuldades pertinentes aos recém-formados. Às vezes, me sinto desanimado diante de tanto trabalho e de tanta coisa nova todo dia. Acima de tudo, tenho o apoio de um alguém muito especial (Tony), o qual não me deixa sucumbir nunca a súbitas vontades de desistir e ficar debaixo de minhas cobertas todos os dias (rsrs). Apesar de tudo, me sinto feliz. Não acho que tenho uma vida difícil. Hoje, agora, enxergo isso. Tenho ficado mais calmo, tenho voltado a fazer coisas as quais há séculos eu não fazia. Ouvir música, ler, aproveitar teatro, cinema. Tudo isto me completa também (sugestão muito boa que Tony, meu querido, me fez ver numa conversa reveladora e definitiva). Reformulei! Voltei a ouvir Bethânia, a ler Saramago, a ver Gal. Mudei e sou bem melhor. Tony que o diga.