Permeados por imagens cálidas de tempos de outrora, os três personagens vagam vivendo seus purgatórios pessoais, permitindo que suas vidas se tornem apenas metade daquilo que já foi um dia. A degradação física é bem marcante, mas a moral talvez seja a mais evidente, mais gritante.
Tal qual na vida real, os filmes em questão são exemplos de como nós, sujeitos, não somos culturalmente preparados para lidar com ausências.
Confesso que fiquei balançado e, por alguns segundos, me pus no lugar das personagens. Não foi uma sensação nada boa. Um súbito medo me invadiu e decidi abortar a tentativa de sentir o que se sente num momento de perda. Que fique claro, a temática dos três filmes refere-se a relações amorosas, não sendo portanto uma perda qualquer. Ainda que com ressalvas, tirei uma conclusão interessante: é necessário viver intensamente o que nos é oferecido. Não devemos esperar, passivamente, a vinda da perda. Ela virá, certamente. A dor será imensa, profunda e lancinante. Viveremos a degradação, mas conservaremos o que de bom as pessoas que amamos nos deixaram.
Seguem os links dos trailers para quem tiver curiosidade:
http://www.youtube.com/watch?v=BkFT-ukguJ8 - Direito de Amar
http://www.youtube.com/watch?v=UFv5cLBUAp0 - Contra Corrente
http://www.youtube.com/watch?v=gLONO9hxKXg - Como Esquecer
Zé
Nenhum comentário:
Postar um comentário